Atualmente, Paulo Antônio tem sete anos, mas o diagnóstico fechado de autismo veio quando o menino tinha três anos, depois de várias análises médicas que começaram no oitavo mês de vida. Isso ocorreu após suspeitas de Eloá, que, além de enfermeira, é especializada em psiquiatria e neuropsicofarmacologia (que estuda remédios atuantes na influência do comportamento). Somado a isso, o marido de Eloá é médico, especializado em saúde da família. A experiência da família no ramo da saúde logo fez chamar atenção para o caso de Paulo Antônio, que não vinha demonstrando os mesmos padrões de uma criança neurotípica – que é um dos primeiros sinais de que a criança é autista.¹
Apesar de seu trabalho já envolver questões comportamentais e doenças neurológicas, a experiência de Eloá se limitava a transtornos como esquizofrenia e bipolaridade. E ela ainda não tinha tido a experiência de lidar com uma criança Autista. Quis o destino que esse momento acontecesse dentro da própria casa. Foi a partir da chegada de Paulo Antônio que Eloá sentiu que então, sua vida ganhava um novo protagonista..